Para viver no palco a história de amor e lutas do líder dos orixás no espetáculo “Ogum, Deus e Homem”, a diretora Fernanda Júlia convidou um ator que já vem atuando no teatro, cinema e televisão desde 1992, o baiano Val Perré, nascido em Acupe, distrito de Santo Amaro da Purificação. Perré, que há três anos reside no Rio de Janeiro, diz que “está sendo muito prazeroso trabalhar nesta montagem porque é uma oportunidade de falar da nossa história. Interpretar Ogum, para mim, é também algo novo e curioso. Os orixás são divindades que têm sentimentos humanos, como o amor e a cólera. E, como protagonista, estou tendo a oportunidade de uma identificação, um encontro muito grande com o meu lado ancestral, que é a raiz negra.” A peça estréia no dia 24 de setembro, no Teatro Martim Gonçalves, às 20 horas, com ingressos gratuitos retirados até uma hora antes do início.
Val Perré começou a carreira no teatro, com o curso livre da Escola de Teatro da UFBA. Participou da premiada peça “O Beijo no Asfalto”, com direção de Paulo Cunha. No cinema estreou no filme “Cinderela Baiana”, com Carla Perez. Depois, participou de “A Máquina”, de João Falcão, lançado em 2006. No ano seguinte, fez o filme “Estranhos”, dirigido por Paulo Alcântara. Na Globo, participou dos seriado “Guerra e Paz” (2008); “Faça Sua História” (2008); da novela “Desejo Proibido” (2008) e da minissérie “Amazônia: De Galvez a Chico Mendes” (2007). Ano passado fez “Viver a Vida”, novela das oito. Também atuou na terceira refilmagem de “Bonitinha, Mas Ordinária” (2009), de Moacyr Góes.
Império Yorubá – Ogum, dono de dois facões, usou um deles para preparar a horta e o outro para abrir caminho. Na mitologia africana, o orixá Ogum, o transmutador, engenheiro do universo e senhor da tecnologia, torna-se homem e expande o império yorubá com suas conquistas territoriais. Ao mesmo tempo, apaixona-se pela exuberante Oyá, sofrendo quando esta o abandona por seu irmão Xangô. Não podendo suportar a culpa por uma grave injustiça que cometeu, Ogum volta ao Órun, e pede a Olodumarê, o Senhor de todos os destinos, que o receba de volta por não ser mais digno de conviver entre os humanos.
MONTAGEM PREMIADA – Única montagem teatral do Nordeste contemplada no I Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras, promovido pela Fundação Palmares e o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves, “Ogum, Deus e Homem” tem o patrocínio da Petrobras e Ministério da Cultura, além de apoio institucional da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Este foi o espetáculo escolhido por Fernanda Júlia (“Shirê Obá”), como sua montagem de conclusão no curso de Direção Teatral pela Escola de Teatro da UFBA, com texto escrito por ela e Fernando Santana (“Atire a Primeira Pedra”), que também atua na peça. Fernanda tem como orientador o professor e diretor Luiz Marfuz. O espetáculo é uma realização da Cadon, Cia Teatro Nata, Kalik Produções, Uzon Filmes e Escola de Teatro da UFBA.
SERVIÇO:
O Quê: “Ogum, Deus e Homem”. Direção: Fernanda Júlia
Elenco: Val Perré, Jussara Mathias, Marinho Gonçalves, Fernando Santana, Jefferson Oliveira, Luiz Guimarães, Clara Paixão e Deilton José.
Onde: Teatro Martim Gonçalves (Escola de Teatro da UFBA), no Canela.
Quando: 23 de setembro (pré-estreia para convidados), às 20 horas
24 de setembro a 3 de outubro (exceto 27/9), às 20 horas
Acesso: Ingressos gratuitos retirados até uma hora antes da apresentação.
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